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quarta-feira, 17 de abril de 2013

Amadeus (2)

Amadeus é um filme de 1984, dirigido pelo checo Milos Formanbaseado na peça teatral de Peter Schaffer sobre a conturbada vida do compositor clássico Wolfgang Amadeus Mozart. 
A trama é narrada pelo também músico Antonio Salieri em flash backs.
Amadeus foi indicado para 11 Oscars e ganhou 8, incluindo melhor filme, melhor diretor, melhor roteiro adaptado e melhor ator. Teve uma curiosa e inusitada indicação para a premiação do Oscar, tanto Tom Hulce (Mozart) como F. Murray Abraham (Salieri) concorreram ao Prêmio de Melhor Ator. Murray acabou levando e talvez esta tenha a sido a única vez que Salieri tenha suplantado Mozart.
Infelizmente, apesar das grandes atuações, os dois atores nunca mais atuaram em outro filme de expressão, ficando esquecidos com o passar dos anos.

F. Murray Abraham como Salieri
Tom Hulce como Mozart

O diretor Forman
Milos Forman, imigrou para os Estados Unidos em 1968, por ser contra o regime comunista da antiga Checoslováquia, então sob o domínio da União Soviética. 

Já atuava como diretor em seu país e na América além de Amadeus, dirigiu outros filmes de muito sucesso como a versão de "Hair" para o cinema e "Um Estranho no Ninho", que fará parte dos 100 filmes que eu vi...vi.



Amadeus é um excepcional filme, daqueles que é feito apenas de tempos em tempos, com locações maravilhosas, interpretações inesquecíveis, roteiro inteligentíssimo e direção primorosa. Um filme para ver, ter e rever.

A história - lenda?

Na vida real Salieri foi o compositor oficial da Corte de José II, imperador da Áustria e ocupou o cargo de Maestro da Orquestra Imperial de 1776 a 1824.

Mozart foi um dos maiores compositores de todos os tempos, escreveu mais de 600 músicas incluindo as famosas óperas "Don Giovanni", "As Bodas de Fígaro" e "A Flauta Mágica".
 
Lenda ou não, hoje ninguém sabe quem é ou conhece alguma composição de Antonio Salieri, enquanto Wolfgang Amadeus Mozart é reverenciado e amado como um dos maiores gênios da música de todos os tempos, mesmo tendo vivido tão pouco tempo (1756 - 1791).

O Teatro de Praga



Milos Forman conta que quando chegaram para ver o "Teatro di Praga", um dos últimos teatros de madeira da Europa e onde Mozart verdadeiramente regera pela primeira vez a Opera Don Giovanni, toda a equipe da filmagem se emocionou ao ver o local onde músico havia estado. Peter Schaffer, o autor do roteiro chegou mesmo a chorar.
  
- Graças a negligência dos comunistas, tivemos um local perfeito para rodar as cenas, sem utilizar um set preparado, uma verdadeira homenagem a Mozart -  concluiu Forman.

Sinopse

Antonio Salieri, já idoso e internado em um hospício, confessa a um padre como conheceu e conviveu com Mozart, relatando todo ódio e admiração que sentia pelo jovem músico, acreditando que a música de Mozart vinha de uma benção de Deus, a benção que ele nunca recebera, o que o atormentou por toda sua vida.


Minha cena

Mozart já está em agonia, próximo a morte, mas mesmo assim, Salieri continua incentivando-o a concluir sua última música, espantado com a beleza da composição que estava nascendo e que viria ser a Missa Fúnebre "Réquiem". Aos pés da cama, Salieri vai escrevendo freneticamente o que Mozart, juntando suas últimas forças, dita ou cantarola. Ao fundo, a música Réquiem vai crescendo e a cena se move para o enterro de Mozart. Fantástico!


A frase do filme

"...uma única nota, sem oscilação, até uma clarineta tomar o lugar transformando-a numa melodia de encanto inigualável...era uma música que eu jamais ouvira, repleta de tantos desejos não satisfeitos, pareceu-me estar ouvindo a voz de Deus. Mas por quê? Por que Deus escolheria uma ameaça obscena para ser Seu instrumento? - Salieri dizendo como conheceu Mozart

A marca do filme  

A famosa risada de Mozart no filme



A música de Mozart
 
Trecho de "Der Hoelle Rache" da Ópera a Flauta Mágica 




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