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terça-feira, 4 de março de 2014

O Homem que matou o facínora (50)

"O Homem que matou o facínora" (The Man Who Shot Liberty Valance) é um filme de 1962, dirigido por John Ford e estrelado por James Stewar e John Wayne.
Um daqueles filmes mandatórios de se ver, rever e rever, uma aula de cinema em uma estória como somente o mestre John Ford sabia filmar, com diálogos e clima que vão se completando até o final.
Não é propriamente um filme de western, é claramente o sinal de que uma época estava acabando dando lugar a outra, onde a civilização finalmente havia chegado ao Velho Oeste. Enquanto Wayne representa o herói convencional, que consegue tudo pela força, Stewart, antagonicamente, defende que a Lei e a Justiça são as únicas  formas para a construção de uma sociedade justa.
John Wayne e James Stewart são estrelas tão brilhantes do cinema americano que o cartaz do filme trazia estampado em letras garrafais que esse era o primeiro filme que faziam juntos ou seja, o destaque foi maior para os protagonistas do que para própria estória.
Mas eles não estão sozinhos nesta obra-prima, Ford incluiu ainda outros ícones que atuaram em outros de seus filmes como Vera Miles (Rastros de Ódio - Post 18), o veterano Andy Devine (No Tempo das Diligências) e Woody Strode (Sargento Rutledge), mostrando um pouco do que foi o universo " Fordiano".
Lee Marvin, perfeito em sua atuação e que aqui ainda era um ator de suporte encarna o vilão que faz jus ao título do filme em português.
Memorável.

Sinopse


O senador Ransom Stoddard, junto com a esposa, vai até a pequena e inexpressiva cidade de Shinbone, no oeste americano, para acompanhar o funeral de um desconhecido vaqueiro chamado Tom Doniphon.
Estranhando o fato, um jornalista começa a investigar qual a ligação do senador com aquele cow-boy e acaba descobrindo o que aconteceu com os dois no passado.

Minha Cena  

O filme é repleto de cenas memoráveis que compõem a essência do gênero "western", como a coragem, a determinação, a maldade, a fraqueza ou ainda a honestidade, mas eu gosto de lembrar da parte onde o famoso duelo é finalmente esclarecido, mesmo que ao final é ainda a lenda que estabelece o universo dos heróis.

A Frase do Filme

A frase que define o filme e que também define toda a essência do gênero cinematográfico "Western". 

"This is the West, sir. When the legend becomes fact, print the legend". 
jornalista Maxwell Scott

Trailer


terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Gilda (49)

"Gilda" (Gilda) é um filme de 1947, dirigido por Charles Vidor e estrelado por Rita Hayworth e Glenn Ford.
Foi o grande sucesso da carreira de Rita e o filme que a lançou para a estratosfera transformando-a no maior símbolo sexual de Hollywood até a chegada de Marilyn Monroe. Curiosamente também foi o início do seu declínio, nunca mais conseguiu um sucesso no mesmo patamar de "Gilda".
Do gênero "filme noir", "Gilda" é um clássico da era de ouro de Hollywood, mas que com o tempo perdeu um pouco do seu encanto pela forma da narrativa, um tanto lenta para os dias de hoje.  
No entanto, pela importância que o filme representou no século XX e pela presença de uma diva como Rita Hayworth, um símbolo de beleza e sexualidade do cinema americano, recomendo para quem não o viu ainda.

Sinopse


Um estranho vigarista jogador de cartas é promovido a gerente de um famoso clube noturno em Buenos Aires, que também é um cassino. 
Tudo vai mudar quando seu patrão volta de uma viagem trazendo a esposa chamada Gilda, uma mulher com quem o novo gerente já havia tido um caso no passado. 
A partir daí a antiga paixão volta a acontecer, criando vários problemas para os dois.

Minha Cena

A cena mais famosa do filme é quando Rita canta "Put the Blame on Mame" (dublada por Anita Ellis) e ensaia um strip-tease, que na verdade é apenas um sugestão, já que ela acaba tirando somente as luvas que está vestindo.



A Frase do Filme



Nunca houve mulher como Gilda!
slogan do filme

Trailer




terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Super-Homem, o Filme (48)


"Super-Homem, o Filme" (Superman, the Movie) é um filme de 1978, dirigido por Richard Donner e estrelado por Christopher Reeve, Gene Hackman, Margot Kidder e Marlon Brando.
Baseado no personagem em quadrinhos criado em 1938 por Jerry Siegel e Joe Shuster, este Superman realizado em 1978 foi o primeiro filme de super-herói a receber tratamento de superprodução e é considerado o precursor da enorme quantidade de filmes de heróis da HQ que invadiram as telas desde então, com enorme sucesso.
We can fly
Os efeitos especias são de altíssima qualidade e tamanho foi o impacto para a época que o slogan do filme era "You'll believe a man can fly". Quase dava para acreditar quando na tela Reeves apareceu voando pela primeira vez, fiquei estarrecido quando vi pela primeira vez.
Pela novidade e adaptação primorosa de uma estória juvenil, o filme foi um grande sucesso de público e também de crítica, tendo quatro indicações ao Oscar, levando o Prêmio de Melhor Efeitos Visuais.
Além de Marlon Brando, o filme ainda traz pontas de outros veteranos atores famosos em Hollywood com Gleen Ford, do filme "Gilda"Jackie Cooper, do filme "O Garoto" de Charles Chaplin e Kirk Aylen, que fez o primeiro Super Homem no seriado em preto e branco de 1948.
A música tema, composta pelo famoso maestro John Williams tornou-se um clássico de trilhas feitas para o cinema. 

Sinopse

Jor-El ao perceber que seu planeta Krypton está prestes a ser destruído envia seu filho, ainda bebê, em uma nave espacial para a Terra. 
Por aqui, o casal Kent, que não tem filhos, encontra a criança e a adota. 
Imediatamente percebem que aquela criança tem super poderes, advindos de nosso Sol amarelo, diferente de seu planeta de origem.
Ao crescer, o jovem Clark Kent irá trabalhar como repórter no Planeta Diário, enquanto que como Super-Homem salva o planeta e sua quase namorada Lois Lane.

Minha Cena

Na verdade tenho que confessar que nunca gostei ou fui um fã do Super Homem.
No entanto, a cena em que ele aparece pela primeira vez no filme, se livrando do terno e voando para salvar Lois Lane, enquanto com apenas uma das mãos, segura um helicóptero que está despencando do topo de um edifício, sob o olhar estarrecido da multidão que se forma para ver a tragédia é algo inesquecível.
Confira!

A Frase do Filme

Algumas pessoas podem ler Guerra e Paz e sair pensando que é uma história de aventura simples. Outros podem ler os ingredientes em um invólucro de goma de mascar e desvendar os segredos do universo (sei lá o que a mente maligna de Luthor quis dizer com essa frase, mas gostei)
de Lex Luthor, o incrível arqui inimigo do Super Homem


Trailer



sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Operação França (47)



"Operação França" (The French Connection) é um filme de 1971, dirigido por William Friedkin e estrelado por Gene Hackman, Roy Scheider e Fernando Rey.
Baseado em um fato real, a história se passa em uma Nova York muito diferente dos dias atuais, povoada por marginais, policiais corruptos e leis ineficientes, não muito diferente do que vemos ainda por aqui. Um grande esforço das autoridades americanas conseguiu mudar a cidade e transformar Nova York no maior polo turístico dos Estados Unidos, muito seguro e agradável.
Voltando a "Operação França", o filme levou 5 Oscars, incluindo o de Melhor Filme, Melhor Ator e Melhor Diretor. Friedkin, então com 36 anos, foi o diretor mais jovem a ganhar o prêmio.
Gene Hackman como o Detetive Popeye
Em uma época onde os efeitos especiais ainda não eram tão notáveis, o filme traz uma sequência memorável de perseguição de carros. Durante as filmagens houve uma batida real em um carro quando o proprietário estava saindo de sua casa. A cena foi mantida no filme e o condutor teve seu carro indenizado.
o ator Fernando Ray
Outro fato curioso é que o diretor Friedkin queria um ator para o papel de vilão que ele havia visto no filme francês "A Bela da Tarde", mas não lembrava o nome dele.
A produção trouxe Fernando Ray, mas aí perceberam que Friedkin falava de Francisco Rabal. Ray acabou sendo mantido.
Quanto a Hackman, brilhante no papel que lhe deu o seu único Oscar de Melhor Ator, foi escolhido somente após a desistência de Steven McQueen, Peter Boyle e James Caan.
"Operação França" é um filme policial que mesmo após 40 anos de sua realização continua sendo vibrante, com cenas eletrizantes e é uma marca do gênero. Imperdível.

Sinopse
 
Dois detetives da polícia de Nova York investigam um pequeno comerciante local que aparentemente está tendo gastos muito acima de sua renda e acabam se deparando com um carregamento de drogas vindos da França. A partir daí começa uma perseguição para impedir que a droga não chegue ao seu destino.

Minha Cena


Minha cena inesquecível é a perseguição do Metrô onde o Detetive Popeye tenta seguir o vilão interpretado por Fernando Ray. Memorável, confira.


Trailer